terça-feira, 15 de abril de 2014

Um bosque seco!

Todas as tardes, caminho umas duas horas pelo bosque que circunda o mosteiro. Ao longe, no cimo das montanhas, vê-se a neve em degelo... os dois riachos que estão perto deste mosteiro correm furiosos levando a sua água com bastante pressa e música...
Ontem à tarde, caminhei mais do que é habitual e, por isso, me adentrei mais neste bosque. A certa altura deste meu peregrinar, me dei conta de estar surpreendido por não ver folhas nas árvores e estas estarem completamente secas, ou pelo menos assim o aparentam.
No chão, vê-se que há uma capa de musgo que está verdejante e que, lentamente, vai crescendo. Enquanto ia caminhando neste bosque de paus secos, fui pensando se a sociedade actual não estaria assim como este bosque: seca, sem vida, gasta e quebradiça... Ou, se a Igreja actual também ela não estaria assim de ressequida, ainda que, no seu subsolo, já germine uma vida e nasça uma esperança.
Também vi, neste bosque, uma metáfora da Semana Santa: uma semana de uma drama trágica de morte, de injustiça, de maldição e de solidão, e que pela ressurreição é transformada em vida, esperança e alegria.

«Tendo acabado todos estes discursos, Jesus disse aos discípulos: "Como sabeis, a Páscoa é daqui a dois dias, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado"». Mt 26,1-2

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