Antorcha Guadalupana

Todos os anos a 11 de Dezembro, o México veste-se de festa e alegria. As pessoas começam a preparar o período Guadalupe-Reis, que significa trocando em miúdos, iniciar as festas religiosas que vão desde o dia 12 de Dezembro, festa da Virgem de Guadalupe, até ao dia de Reis, 06 de Janeiro, altura em que todas las famílias finalizam esta temporada festiva com a rosca de Reis, estilo bolo-rei. No entanto, aqui aquele que, por sorte ou azar, lhe tocar a fava vai ter de preparar os tamales para a festa da Candelária, dia 02 de Fevereiro.
Regressando ao nosso dia 11 de Dezembro, gostaria de partilhar o que se faz e vive nesse dia por estes lados.
Em cada paroquia da Diocese de Cd. Valles, onde, actualmente, os espiritanos temos 4 paroquias indígenas, os grupos de jovens organizam uma antorcha guadalupana. É uma marcha-corrida, que tem o seu inicio na catedral desta diocese e termina na Igreja Matriz de cada paroquia.
Há sempre uma caravana de camionetas que apoiam esta marcha, realizada pelos jovens, e também manifesta nos seus adornos o tom de festa em honra da Virgam de Guadalupe. Como se pode ver na foto, há bandas de música que acompanham este peregrinos corredores!

Dia de Mortos, com copyright!!!...

No passado dia 26 de Novembro, no centro cultural e museu de Tantok, realizou-se um festival dedicado ao Dia de Mortos, que culminou com a proclamação da UNESCO: esta celebração tipicamente mexicana e indígena foi consagrada como património inatingível da Humanidade, dado o seu valor cultural e a sua forte
Tive o prazer de poder assistir a esta celebração e presenciar os diferentes ritos desta celebração, vividos actual pelos diferentes grupos étnicos indígenas.
Estiveram presente os tenek, os nahualt e os pame de San Luis Potosí, os mazotecos de Oaxaca, os olmecas de Guanajuato, os nahualt de Michoacán, así como os otomies de Veracruz.

Os jovens de São Pedro...

A comunidade de San Pedro fica a uma hora de San Antonio, o que não ajuda muito na sua integração na vida paroquial e no ritmo pastoral.
Os caminhos estão em más condições, o que dificulta ainda mais e quando chove não há caminho porque o lodo torna-se de tal maneira espesso que não há possibilidade de aceder a esta comunidade.
Desde de 2004 que venho lutando para que o grupo de jovens desta comunidade pudesse participar e viver como parte integrante da paroquia.
Houve meses e épocas que pensei que este ideal era uma utopia "inatingível"...
Em 2006, mais concretamente em Junho desse ano, Flor Mireya, depois de terminar os seus estudos, regressou à sua comunidade natal e aí re-iniciou o seu trabalho pastoral como ajudante da sua mãe, que é catequista da 1ª comunhão. Em questão de meses, os jovens entusiasmaram-se e o meu velho sonho de ter um grupo de jovens em San Pedro tornou-se uma realidade.
Hoje, graças a Deus, há um bom grupo de jovens: são cerca de 20, uns maiores e outros ainda pequenos, em estatura, mas com muita alegria e dinamismo. Durante a visita da Virgem de Guadalupe a esta comunidade, eles não paravam de cantar, de animar e dar alegria...

Peregrinação da Virgem Maria

No passado dia 26 de Novembro, Joaquim Fernandez, mayordomo paroquial da Virgem de Guadalupe (cargo que é muito parecido ao de presidente da Confraria de Nossa Senhora de Guadalupe), deu inicio à peregrinação da Virgem de Guadalupe e que serviu, também, de preparação para as grandes festas do dia 12 de Dezembro, dia da patrona do México e rainha da América Latina, a Virgem maria, com o nome de Guadalupe, ou como dizem os mexicanos, a "nossa Moreninha"!

No dia 27, tive a oportunidade de peregrinar com os jovens da comunidade de San Pedro. Esta comunidade, em clima de festa e de muita alegria (como se pode comprovar nas fotos...), recebeu a imagem da Virgem peregrina. Durante todo um dia, ninguém arredou pé da capela. Todos queriam celebrar a visita da Virgem Maria.Entre o dia 27 de Novembro e o 11 de Dezembro, realizou-se, pela segunda vez consecutiva, uma peregrinação desta imagem da Virgem de Guadalupe, que percorreu todas as comunidades da paroquia.
Viveu-se um autêntico clima de festa e de oração.