terça-feira, 15 de abril de 2014

Não vi o Eclipse...

Todo o mundo falava no eclipse de esta terça-feira. Não, não o vi.
O que tenho visto é que a Lua nestes dias que antecedem a Páscoa é cada vez mais clarinha e parece uma bonita bolinha de queijo!
Ontem à noite, fui para o jardim interior do mosteiro, à qual os hospedes temos acesso por uma porta meia escondida.
Nele andava a passear Mário, jovem monge que fumava antes de deitar-se, assim me confidenciou na breve conversa que tivemos, pois já era hora do Grande Silêncio.
Depois de ter feito o seu noviciado, por problemas surgidos na sua família tem estado, ora dentro do mosteiro, ora fora atendendo à sua família. Esta Semana Santa veio viver-la com a sua comunidade.
Contou-me ele que o jardim do mosteiro onde nos encontrávamos foi, durante mais de 600 anos, o cemitério do mesmo e que ainda hoje serve de cemitério. Há duas semanas atrás tinham enterrado, neste mesmo jardim, um monge beneditino.
Estava algo escuro esta noite e ao ouvir isto, disse a mim mesmo que era melhor ir para dentro, para o quentinho do meu quarto, porque não fosse o diabo ser tendeiro... mas ainda consegui fazer umas tomas fotográficas para recordar o momento. 

«O Senhor é bom para os que nele confiam, para a alma que o procura. Bom é esperar em silêncio a salvação do Senhor. É bom para o homem carregar o jugo, desde a sua juventude. Que se recolha em silêncio, quando o Senhor o põe à prova; que ponha a sua boca na cinza, talvez encontre esperança; que apresente a face a quem o fere, e suporte as afrontas». Lm 3,25-30

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