quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Castelo de Vide... uma semana de passeio...

Com os meus pais, durante uma semana fui visitar a zona de Castelo de Vide. Ficámos hospedado na vila de Castelo de Vide. Não conhecia esta vila. Uma das primeiras impressões nesta vila é ver muitas fontes... quase em todas as esquinas há uma fonte com água fresca. E é muito curioso ver durante todo o dias os habitante desta localidade andarem a transportar nos seus carros ou pé as garrafinhas de água, num vai e vem constante.
Vide: o seu castelo e as suas oliveiras...
Com uma temperatura amena, a vila de Castelo de Vide é uma vila portuguesa no Distrito de Portalegre, Alto Alentejo. Tem cerca de 3000 habitantes e é limitada a nordeste por Espanha, a leste pelo município de Marvão, a sul pelo município de Portalegre, a sudoeste pelo município do Crato e a oeste e noroeste pelo município de Nisa.
O seu carácter romântico, associado aos seus belos jardins, à abundância de vegetação, ao clima ameno e à proximidade da serra de São Mamede, tornaram esta pitoresca vila conhecida pela "Sintra do Alentejo", sendo esta designação atribuída ao rei D. Pedro V, quando este visitou e nela se hospedou, no ano 1861, uns meses antes de falecer. 
Depois de uma visita de turista a esta vila penso que poderemos dizer que é a vila das fontes de água e das igrejas, pois outro aspeto interessante é a quantidade de Igreja existentes nesta vila.
A Fonte da Vila, águas termais...
Dizem que no seu apogeu como vila, no século XVIII havia cerca de 36 Igrejas ou capelas. Qual é a razão desta grande quantidade. Temos que recuar na história até aos tempos de D. Manuel I e ao seu casamento com Isabel de Aragão e Castela, filhas dos reis Fernando e Isabel que ficaram famosos pela expulsão dos judeus de Espanha.
Ora, quando se deu este casamento entre D. Manuel I e D. Isabel de Aragão, uma das cláusulas deste matrimonio foi a expulsão dos judeus de Portugal. Como Portugal estava em plena epopeia marítima, não convinha a este rei perder umas das suas fontes de financiamento. Por isso, o rei D. Manuel I favoreceu com tolerância e benevolência a conversão dos judeus, sendo estes chamados novos cristãos. Castelo de Vide foi um local que albergou cerca de 4000 novos cristãos neste tempo. Devido à suspeita, ao clima de perseguição e à proximidade de Espanha, pais de onde tinha fugido, muitos judeus, novos cristãos por uma conversão mais legal que efetiva, decidem doar dinheiro à Igreja ou mandaram erigir templos para assim certificarem o seu novo estatuto de convertido à fé católica.
A vila de Castelo de Vide usufruiu na proporção inversa ao sofrimento provocado aos judeus: muitas igrejas se construíram por esta razão, ser certificado de nova vida e nova oportunidade...
A Sinagoga de Castelo de Vide
Visitando a Sinagoga,  a Judiaria, a Casa do Arcário (a verdade é que não fiquei com muito boa impressão, devido à arrogância saloia e má educação da responsável deste espaço em turno; quase dava vontade de dizer-lhe umas quantas verdades, pois fez-se passar por uma judia mais  judia que até os próprios judeus ortodoxos de Israel! Enfim, a ignorância e a má educação sempre é muito atrevida!), sente-se o "cheiro" desta história e todo esta relação estilo "cão e gato" entre os novos cristãos (judeus convertidos) e os velhos cristãos (cristãos de sempre).

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