terça-feira, 5 de junho de 2012

Por la Paz con Justicia y Dignidad...

O logotipo do Movimento
No anoitecer do dia 27 de Março de 2011, na cidade de Cuernavaca (que fica 60 km de distancia ao sul da Cidade de México) "desapareceram" 7 jovens. Passados uns dias, apareceram mortos e com sinais de tortura.
Um destes jovens torturados e assassinados era o filho do poeta Javier Sicília. Indignado e sentido-se ultrajado por este crime e o seu  que roubou a vida do seu filho, optou por fundar um movimento que atualmente luta pela paz e justiça, dando voz e vez aos milhares de desaparecidos e de mortos e suas famílias, que o crime organizado tem feito nos últimos três anos.
O poeta e jornalista Javier Sicilia
O nome do movimento é "Movimiento por la Paz con Justicia y Dignidad". a este projeto juntaram-se muita gente, e em especial os centros de Direitos Humanos dirigidos e fundados pelos dominicanos e jesuítas. A presença mais notada é a do Bispo de Saltillo (cidade do norte do México), Raúl Vera.
Este movimento de resistência, de ativismo e de participação social lançou três caravanas pela paz. a primeira teve como destino a capital do país. Partiu-se desde da cidade de Cuernavaca ao Distrito Federal (Cidade do México); a segunda, foi do Distrito Federal a Ciudad Juarez (cidade que faz fronteira com o USA umas das cidades mais flagelada pelos crimes e pela onda de violência que azota este país) e a terceira caravana foi em direção ao sul do país: Veracruz e Chiapas, estados também muito flagelados pela violência.
2ª Caravana pela Paz: do DF a Ciudad Juarez
Javier Sicilia a estas caravanas chamava-as de Caravanas do Consolo e da Reconciliação, pois o objetivo era dar a conhecer o rostro real e dramático da dor, causada por tanta violência e também por tanta injustiça.
Até esse momento, as expressões de consolo, de pêsames, de compaixão e caridade às famílias que sofreram e sofrem na carne, e na primeira pessoa, os efeitos de tanta violência eram feitas em silêncio, e/ou em privado. Nos tribunais, estes casos eram silenciados e e os familiares abandonados à sua dor e revolta, no bem famoso "carpetazo", isto é, na impunidade (carpetazo significa arquivar algo, atirar para o armazém), por que se arquivam casos e casos e nunca há responsáveis nem o mais leve resquício de investigação da verdade. Havia uma espécie de resignação forçada e coletiva.
Estas caravanas do consolo e da dor puseram o dedo na ferida. As pessoas saíram à rua e encheram-as, levantaram a voz e, assim, o medo e o silêncio a que eram forçadas foi exorcizando. Todas as vitimas, afinal, tinham voz e não mordaça! Não é um número mais para estatística.
Dois meses após estas caravanas, sucederam os diálogos de Chapultepec: uma série de encontros de diálogos deste movimentos e de todas as vitimas da violência com o Presidente da República: deve-se debater as estratégias contra o crime organizado e as suas sequelas na sociedade.
As lágrimas das vítimas são o orvalho da esperança...


Hoje em dia, ainda falta muito por fazer para que a Paz e Tranquilidade volte ao coração da sociedade mexicana... Mas, com este movimento um caminho, um sendeiro foi inaugurado. Oxalá, ajude a reconstruir e reconciliar.

«Mas agora foi sem a Lei que se manifestou a justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos Profetas: a justiça que vem para todos os crentes, mediante a fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma: todos pecaram e estão privados da glória de Deus. Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. Deus ofereceu-o para, nele, pelo seu sangue, se realizar a expiação que atua mediante a fé; foi assim que ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, no tempo da divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus». Rm 3,21-26

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