«Venho como peregrino de fé, esperança e caridade. Desejo confirmar na fé aos crentes em Cristo, dar-lhes confiança na mesma e incentivar-lhes que se revitalizem na escuta da Palavra de Deus, nos sacramentos e na coerência de vida».
Com este mote, se iniciou Bento XVI o seu primeiro viaje apostólico ao México. Este país tem vivido nos últimos dias uns tempos de sofrimento e de dor, a causa das recentes ondas de violência, que o devastam. Como resultado, se observa a migração forçada de milhares familiares que deixam para trás os seus negócios e casas, buscando nos países vizinhos a tranquilidade e paz roubadas; muitas famílias e lares destroçados pela dor da perdida dos seres queridos. Este não é o México que conheci quando em 2003, deixei Portugal. Infelizmente, México vive um ambiente de sofrimento e dor!
Era o dia 23 de Março, mais ou menos, às 10.30 horas da noite (hora de Portugal), sendo as 4.30 horas da tarde, quando o Santo Padre, Bento XVI, por primeira vez, pisou terra mexicana. A primeira reacção à chegada do Vigário de Cristo, vestido de branco, produziu um misto de emoção e entusiasmo nas mais de 300.000 mil pessoas, na sua grande maioria jovens, que gritavam e cantavam de alegria, pela presencia de Bento XVI, na terra do tequila e da música mariachi.
No seu discurso de bem-vinda, realizado no aeroporto de Silao, Bento XVI disse que estava no México para alentar na esperança a um povo crente e alegre, apesar da jornada violenta que atravessa o país de Norte a Sul. Também expressou que chegava com o desejo de congregar a todos os mexicanos em Cristo e estimular, assim, a busca de um caminho de reconciliação e paz, deixando o ódio e a vingança para trás. No sábado, 24 de Março, conheceu o Santo Padre a beleza da cidade de Guanajuato. Percorreu as suas ruas estreitas e de pedra, lembrando a Lisboa antiga…
Na tarde este dia, na chamada Praça da Paz, Bento XVI encontrou-se com os meninos e adolescentes de México, aos quais pediu que viveram uma autentica amizade com Jesus Cristo, para que assim se logre criar uma paz duradoura e a que todos beneficie.
No domingo, 25 de Março, Sua Santidade sobrevoou o Cerro do Cubilete, onde está erigida a imagem de Cristo Rei, momento que evoca tantos e tantos milhares de baptizados que derramaram o seu sangre pela fé e que, no momento em que o vertiam, gritavam fortemente: “Viva Cristo Rei!”
Depois deste momento, no Parque Bicentenário, o qual foi construído para comemorar os 100 anos da Revolução Mexicana, - para derrubar a ditadura de Porfírio Díaz -, e os 200 anos da Independência, Bento XVI celebrou a Santa Missa. Nesta mega celebração, estiveram presente mais de 800 mil pessoas, entre as quais estavam uns cinco mil sacerdotes, bispos e cardeais. Também a classe politica fez-se notar, e mais porque este ano de 2012 é um ano eleitoral: se votará para o Presidente da Republica.
Nesta celebração, Bento XVI, novamente, voltou a chamar à paz e alentar os mexicanos a caminhar por sendas de justiça e fraternidade, esquecendo ódios e vinganças, construindo, assim, uma nova civilização mexicana, seguindo os critérios do Evangelho e, tomando como exemplo, os milhares de mártires que o momento a Cristo Rei no Cerro do Cubilete evoca.
Na sua homilia, o Papa pediu ao povo mexicano sair da letargia que o “cansaço da fé” está provocando e que, concretamente, se visualiza na forte violência que se abate sobre este pais.
De acordo às suas palavras, «é necessário que combater esta espécie de “cansaço da fé”, para que esta fé madure na alegria duradoura da esperança de Cristo ressuscitado, a qual nunca defrauda e é fonte de vida e paz.»
É, evidentemente, que este cansaço da fé não afecta somente aos mexicanos, mas a todos os católicos de boa parte do mundo, sendo muito evidente nos Estados Unidos e na Europa. E Bento XVI, utilizando a metodologia proposta pela Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe em Aparecida (2007), pediu a cada baptizado e ao povo mexicano que promovam um novo processo de evangelização combatendo este “cansaço de fé”, e também buscando caminhos de paz e reconciliação em quatro dimensões: a primeira é a renovação desde os fundamentos para que se alcance uma vida digna.
A segunda é guiar e levar a todo o ser humano, a todo o baptizado, ao encontro com Cristo. «As iniciativas que se realizem [...] devem estar encaminhadas a conduzir os homens e mulheres a Cristo, cuja graça lhes permitirá deixar as cadeias do pecado que os escraviza y avançar à liberdade autêntica e responsável. A isto está ajudando também a Missão continental promovida em Aparecida [...]. Neste sentido, os exorto a seguir abrindo os tesouros do Evangelho, a fim de que se convertam em potência de esperança, liberdade e salvação para todos».
Como terceira dimensão, Bento XVI afirmou que a verdadeira devoção à Virgem Maria acerca ao crente a Jesus, como que recordando as palavras de João Paulo II quando disse que “devemos ir ao encontro de Jesus pelas mãos de Maria”. «Não esqueçam que a verdadeira devoção à Virgem Maria nos aproxima sempre a Jesus. Amar-La significa comprometer-se a escutar o seu Filho, venerar a Guadalupana é viver segundo as palavras do fruto bendito de seu ventre».
Por fim, Bento XVI insistiu que todos os crentes devem deixar-se interpelar pela Palavra de Deus, sendo esta a quarta dimensão. «Também hoje, desde este parque com o qual se quer deixar constância do bicentenário do nascimento da nação mexicana, juntando nela muitas diferenças, mas com um destino e um afã comum, pedimos a Cristo um coração puro, onde Ele pode habitar como príncipe da paz, graças ao poder de Deus, que é o poder do bem, o poder do amor. E, para que Deus habite em nós, é necessário escutar-Lo, é necessário deixar-se interpelar pela sua Palavra cada dia, meditando-a no próprio coração, a exemplo de Maria. Assim cresce a nossa amizade pessoal com Ele, se aprende o que espera de nós y se recebe alento para dar-Lo a conhecer aos demais».
E, em jeito de conclusão, o Santo Padre remarcou que, vivendo este processo de fé, seremos autênticos instrumentos de paz, combatendo o mal com o bem e se nos deixamos guiar pelo bem, fazemos uma forte amizade com Deus e, como discípulos e missionários, trabalharemos pelo bem comum.
Com este mote, se iniciou Bento XVI o seu primeiro viaje apostólico ao México. Este país tem vivido nos últimos dias uns tempos de sofrimento e de dor, a causa das recentes ondas de violência, que o devastam. Como resultado, se observa a migração forçada de milhares familiares que deixam para trás os seus negócios e casas, buscando nos países vizinhos a tranquilidade e paz roubadas; muitas famílias e lares destroçados pela dor da perdida dos seres queridos. Este não é o México que conheci quando em 2003, deixei Portugal. Infelizmente, México vive um ambiente de sofrimento e dor!
Era o dia 23 de Março, mais ou menos, às 10.30 horas da noite (hora de Portugal), sendo as 4.30 horas da tarde, quando o Santo Padre, Bento XVI, por primeira vez, pisou terra mexicana. A primeira reacção à chegada do Vigário de Cristo, vestido de branco, produziu um misto de emoção e entusiasmo nas mais de 300.000 mil pessoas, na sua grande maioria jovens, que gritavam e cantavam de alegria, pela presencia de Bento XVI, na terra do tequila e da música mariachi.
No seu discurso de bem-vinda, realizado no aeroporto de Silao, Bento XVI disse que estava no México para alentar na esperança a um povo crente e alegre, apesar da jornada violenta que atravessa o país de Norte a Sul. Também expressou que chegava com o desejo de congregar a todos os mexicanos em Cristo e estimular, assim, a busca de um caminho de reconciliação e paz, deixando o ódio e a vingança para trás. No sábado, 24 de Março, conheceu o Santo Padre a beleza da cidade de Guanajuato. Percorreu as suas ruas estreitas e de pedra, lembrando a Lisboa antiga…
Na tarde este dia, na chamada Praça da Paz, Bento XVI encontrou-se com os meninos e adolescentes de México, aos quais pediu que viveram uma autentica amizade com Jesus Cristo, para que assim se logre criar uma paz duradoura e a que todos beneficie.
No domingo, 25 de Março, Sua Santidade sobrevoou o Cerro do Cubilete, onde está erigida a imagem de Cristo Rei, momento que evoca tantos e tantos milhares de baptizados que derramaram o seu sangre pela fé e que, no momento em que o vertiam, gritavam fortemente: “Viva Cristo Rei!”
Depois deste momento, no Parque Bicentenário, o qual foi construído para comemorar os 100 anos da Revolução Mexicana, - para derrubar a ditadura de Porfírio Díaz -, e os 200 anos da Independência, Bento XVI celebrou a Santa Missa. Nesta mega celebração, estiveram presente mais de 800 mil pessoas, entre as quais estavam uns cinco mil sacerdotes, bispos e cardeais. Também a classe politica fez-se notar, e mais porque este ano de 2012 é um ano eleitoral: se votará para o Presidente da Republica.
Nesta celebração, Bento XVI, novamente, voltou a chamar à paz e alentar os mexicanos a caminhar por sendas de justiça e fraternidade, esquecendo ódios e vinganças, construindo, assim, uma nova civilização mexicana, seguindo os critérios do Evangelho e, tomando como exemplo, os milhares de mártires que o momento a Cristo Rei no Cerro do Cubilete evoca.
Na sua homilia, o Papa pediu ao povo mexicano sair da letargia que o “cansaço da fé” está provocando e que, concretamente, se visualiza na forte violência que se abate sobre este pais.
De acordo às suas palavras, «é necessário que combater esta espécie de “cansaço da fé”, para que esta fé madure na alegria duradoura da esperança de Cristo ressuscitado, a qual nunca defrauda e é fonte de vida e paz.»
É, evidentemente, que este cansaço da fé não afecta somente aos mexicanos, mas a todos os católicos de boa parte do mundo, sendo muito evidente nos Estados Unidos e na Europa. E Bento XVI, utilizando a metodologia proposta pela Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe em Aparecida (2007), pediu a cada baptizado e ao povo mexicano que promovam um novo processo de evangelização combatendo este “cansaço de fé”, e também buscando caminhos de paz e reconciliação em quatro dimensões: a primeira é a renovação desde os fundamentos para que se alcance uma vida digna.
A segunda é guiar e levar a todo o ser humano, a todo o baptizado, ao encontro com Cristo. «As iniciativas que se realizem [...] devem estar encaminhadas a conduzir os homens e mulheres a Cristo, cuja graça lhes permitirá deixar as cadeias do pecado que os escraviza y avançar à liberdade autêntica e responsável. A isto está ajudando também a Missão continental promovida em Aparecida [...]. Neste sentido, os exorto a seguir abrindo os tesouros do Evangelho, a fim de que se convertam em potência de esperança, liberdade e salvação para todos».
Como terceira dimensão, Bento XVI afirmou que a verdadeira devoção à Virgem Maria acerca ao crente a Jesus, como que recordando as palavras de João Paulo II quando disse que “devemos ir ao encontro de Jesus pelas mãos de Maria”. «Não esqueçam que a verdadeira devoção à Virgem Maria nos aproxima sempre a Jesus. Amar-La significa comprometer-se a escutar o seu Filho, venerar a Guadalupana é viver segundo as palavras do fruto bendito de seu ventre».
Por fim, Bento XVI insistiu que todos os crentes devem deixar-se interpelar pela Palavra de Deus, sendo esta a quarta dimensão. «Também hoje, desde este parque com o qual se quer deixar constância do bicentenário do nascimento da nação mexicana, juntando nela muitas diferenças, mas com um destino e um afã comum, pedimos a Cristo um coração puro, onde Ele pode habitar como príncipe da paz, graças ao poder de Deus, que é o poder do bem, o poder do amor. E, para que Deus habite em nós, é necessário escutar-Lo, é necessário deixar-se interpelar pela sua Palavra cada dia, meditando-a no próprio coração, a exemplo de Maria. Assim cresce a nossa amizade pessoal com Ele, se aprende o que espera de nós y se recebe alento para dar-Lo a conhecer aos demais».
E, em jeito de conclusão, o Santo Padre remarcou que, vivendo este processo de fé, seremos autênticos instrumentos de paz, combatendo o mal com o bem e se nos deixamos guiar pelo bem, fazemos uma forte amizade com Deus e, como discípulos e missionários, trabalharemos pelo bem comum.
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