sábado, 5 de maio de 2007

20 espiritanos...


Actualmente, somos 20 missionários, vivendo em sete diferentes paróquias. Cinco delas são totalmente de evangelização com uma população indígena: El Pujal, Tanlajás, San Antonio e Coxcatlan, no estado de San Luis Potosí, diocese de Ciudad Valles, a paroquia de Pantepec, estado de Puebla, da diocese de Tuxpan.
Nestas paróquias, o denominador comum é o cariz indígena. Há sempre uma língua que aprender e, ao mesmo tempo, uma outra cultura e mentalidade que encarnar. Há ritos que aprender, danças que exprimem mais densidade espiritual que as nossas palavras... gestos que tocam mais o coração e convertem que os melhores e mais rebuscados sermões...

.... de 12 países diferentes


O carácter internacional e multicultural que, felizmente, tenho vivido no México, é consequência directa de pertencer a um grupo missionário muito internacional, o qual está num pais altamente diverso deste ponto de vista.
Actualmente somos 20 membros, vindo de 12 países diferentes, o que pressupõe como cariz fundamental de este grupo a tolerância e a fraternidade. Aliás, este tem sido o esforço nos últimos anos e, sem este aspecto, julgo que muito do trabalho pastoral, comunitário e missionário não teria sido possível.
Ainda que a nossa dimensão como grupo seja pequena nos números, não deixa de ser atractivo e desafiante os pequenos projectos deste grupo, em especial a Pastoral indígena. Cada uma das paróquias confiadas, tenta implementar um programa de acção pastoral, que tem como dimensão integradora a inculturação indígena no processo da celebração da Fé.
Na realidade e sem falsas modéstias, a diocese de Ciudad Valles tem crescido muitíssimos nos últimos anos, graças à colaboração dos espiritanos neste campo. O resgate de ritos celebrativos indígenas, como por exemplo o “Qu’etomthalab”, que é um rito indígena de agradecimento a Deus pela colheita, assim como muitos outros. Penso que são pequenos sinais de este imenso trabalho missionário.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Antorcha Guadalupana - Caminhada Jovem...


Quando em 2003 cheguei à paroquia de Tanlajás, o primeiro campo de missão espiritana, fiquei de boca aberta quando vi toda a juventude desta paróquia a participar numa Antorcha Anual Guadalupana, que percorreria os 50 quilómetros que distam da catedral de Ciudad Valles à igreja de Tanlajás. É uma jornada feita em seis horas a passo de corrida. Rotativamente e em pequenos grupos de dois, cada um transporta uma chama (estilo chama olímpica) na sua mão, a qual é acesa na catedral com um rito de bênção e levada até à igreja de cada paroquia.
A esta antorcha, junta-se a caravana dos taxis. Estes, querendo honrar a Virgem Maria, com o nome de Virgem de Guadalupe, unem-se e, com os seus veículos primoro-samente adornados, fazem uma caravana percorrendo as habituais ruas de trabalho. Na verdade, no dia 12 de Dezembro, o México inteiro para. Celebra. Canta e, bem ao seu estilo próprio, grita de alegria em júbilo pela Mãe do Céu. Ou como disse o Papa João Paulo II, numa das suas quatro viagens ao México, em jeito de brincadeira, que: “México sabe gritar!”

Onde estou...


Vivo no México há três anos, dois dos quais passados na pequena paroquia de San Antonio de Padua. San Antonio situa-se no estado de San Luis Potosí, na parte oriental da grande cordilheira de nome “Sierra Madre”.
De clima tropical húmido, a pequena paróquia de San Antonio é maioritariamente indígena. Cerca de 97% da população é de ascendência indígena. Falam-se dois idiomas: o tenek e o espanhol. Há, portanto, uma cultura e identidade bem próprias, com manifestações singulares e únicas.